quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O poder da televisão no cotidiano


Talvez não paremos para observar, mas a televisão influencia temas de nossas conversas, a hora de dormir e até mesmo as nossas escolhas. Meio de comunicação bem difundido, presente na maioria das residências, ela afeta a vida de cada pessoa, seja fortalecendo a educação, formando opiniões ou apenas descontraindo. Mas se a capacidade de influência da tevê é tão ampla, deveríamos avaliar a qualidade das informações e da programação que nos são passadas e nos são propiciadas. Sensacionalismo, invasão de privacidade, manipulação de informações e programas vazios de conteúdo estão na lista dos grandes pecados das emissoras. A partir desse pano de fundo, Juliane Stecker realizou uma investigação, orientada por referenciais teóricos pertinentes e tendo por base empírica uma amostra de respondentes que expressaram, através de um questionário, sua posição referente à qualidade, finalidade e possíveis melhorias para a programação da tevê. Além disso, além de levar em conta as ideias de diversos autores sobre o assunto, sondou-se o motivo que leva as pessoas respondentes a ligarem a televisão, os tipos de programas que despertam seu interesse, os problemas apontados e sugestões para aumento da qualidade da programação.

Os resultados e conclusões da pesquisa evidenciaram que a televisão é vista principalmente como um meio de entretenimento, o que explica o grande Ibope com que conta. Conteúdos como informação, cultura e educação ficam em segundo plano. Sabe-se que a televisão é uma forte formadora de opinião e que ela é responsável por uma boa parcela da educação das pessoas. Assim, a pesquisa preocupa ao mostrar que até mesmo classes A e B (normalmente mais escolarizadas e seletivas) vêm diminuindo seu interesse por programas de conteúdo útil. A escolha por melhores conteúdos (educativos, culturais), que está ligada diretamente a um nível maior de escolaridade, precisa ser estimulada para todas as classes sociais. Um meio de se conseguir tal façanha seria trazer esse conteúdo ao entretenimento, que é , hoje, bastante agressivo, e qualificar expressões sem se tornar formal demais. Nos telejornais é possível perceber o sensacionalismo forçado que surge como um espantoso cenário de tensão e horror, que coloca no ar cenas de crimes, mortes e violência explícita, além das informações muitas vezes apressadas ou aumentadas pelo interesse de audiência e lucro das emissoras. A pesquisa apontou que os telespectadores indicam a necessidade de profissionalismo, aprofundamento das informações e a circulação de programas de conteúdo em horários estratégicos, para incentivar nas pessoas a importância da qualidade do conteúdo da programação da tevê.

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